- É “Amar é um deserto”.
- Como assim?
- “Amar é um deserto e seus temores”.
- Não, não é possível.
- Me diz qual deserto é amarelo.
- Todos, quer dizer, a maioria tem areia amarela.
- Tá, faz sentido, mas não é “amarelo”.
- Ah, vai dizer que há anos eu canto esta música errado deste jeito?
- E não canta? Tá com dúvida, joga aí no Google.
- ...
-...
- “Amar é”
- Te disse.
- Então o videokê tá errado.
- Ahã, processa eles.
- Se eu fosse o Djavan, eu processava, fica divulgando a música errado...
- Djavan não deve ter nunca chegado perto de um videokê!
- Ah, ele devia, pra ver se deixa de ser fanho...é tão bom soltar a voz!
- Só não é bom pra quem tá perto!
- Quando eu era novinha, lá em Cabo Frio, tinha concurso de videokê no Natal. Todo mundo da minha família cantava.
- Que bom que não te conhecia!
- Imagina, eu era ótima, ganhava todas! Tem um jeito certo pra ganhar pontuação boa: tem que gritar.
- Repito: que bom que não te conhecia!
- E tem as músicas que se encaixam melhor no seu tom, né? A minha é aquela música do holandês.
- Qual?
- Das antigas! “Eu perguntava ‘tu e o holandês?’, e te abraçava ‘tu e o holandês’”, sabe?
- Não. Nunca ouvi.
(Tânia confessa que canta "A maré, o deserto e seus temores". Ela também recorreu ao PaiGoogle.)
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